Um dos primeiros sinais da onda nacionalista, ou populista de direita, que começou a atingir a Europa, Estados Unidos e mesmo no Brasil, foi o referendo do Brexit em 2016. Com a promessa de "retomar o controle", líderes populistas e demagogos venderam um quadro de prosperidade ao eleitorado britânico, que não entendia o custo do parlamento europeu, das instituições continentais, e reclamavam de volta um orgulho nacionalista britânico perdido, e mexeu com interesses de agricultores e outros, que reclamavam da extensa regulação. Outros, como líderes do UKIP (Partido da Independência do Reino Unido), e depois do chamado "Brexit Party", o demagogo Nigel Farage fizeram campanha pelo Brexit, apelando entre outras coisas, contra a imigração muçulmana, ou de pessoas do leste europeu. Aprovado a saída do Reino Unido da União Europeia, em 2016, por 52% dos votos, a dor de cabeça que se seguiu mostrou muitos problemas. A livre circulação de pessoas e bens em fronteiras como a
BLOG que discute o sistema democrático, a política, em nível local, nacional e internacional. Traz ao conhecimento de todos temas da maior relevância e alguns institutos do Direito Eleitoral e da Democracia. Não trata de temas partidários, mas de interesse geral. Destina-se a estudantes, operadores do Direito, dirigentes partidários, pré-candidatos, ou interessados. VINICIUS CORDEIRO é advogado eleitoralista, membro da ABRADEP. Email: viniciusadv@globo.com