A Participação feminina no processo político brasileiro ganhou novas cores, a partir dos anos 90. Me lembro que, durante muitos anos, a participação de parlamentares brasileiras na Câmara dos Deputados, Senado, e nos Executivos Municipal, Estadual e Federal foi pífia. Uma mobilização do ativismo feminino na política redundou por aprovarem-se regras de estabelecimento de cotas mínimas nas eleições. Inicialmente, de 15%, depois 20%, chegando-se aos 430% atuais, a regra da cota mínima enfrenta críticas, desafios, e finalmente, mostra tímidos resultados. A obrigatoriedade de cota mínima feminina na verdade, era uma reserva de vagas, assim interpretada inicialmente, sem muitos resultados no aumento da representação feminina no Legislativo. Os partidos que não cumprissem tais dispositivos não eram punidos e proliferou-se, durante algum tempo, candidaturas de fachada, as chamadas "laranjas", que muitas vezes sequer tinham votos - funcionárias públicas, ou meras secretárias ou a